Desde minha infância vou a mesma ótica escolher meus óculos. Tive-os de diversos formatos, desenhos, tamanhos. Ainda hoje, após a consulta anual no oculista, vou até a loja. Acostumado com o tratamento de anos, procuro pelo dono, Luiz. Ele sempre foi o responsável por cuidar de meus óculos e hoje, mesmo como uma excelente equipe, gosto de sua maneira de me ajudar, informando quais formatos são melhores para meu rosto, dando-me a credibilidade e confiança de quem está no mercado há vinte anos (parece propaganda, sei disso).
Quem usa óculos sabe que a sensação de sentir-se torto é contínua. É um objeto frágil e para que a armação fique perfeita é necessário um delicado ajuste. De tempos e tempos, levo meus óculos, um de sol e um normal, para arrumar.
A ótica de minha infância está há vinte anos no mercado e possui uma segunda do outro lado da cidade. Foi a primeira vez que a visitei já que minha mãe e eu estávamos mais perto desta e, há algumas semanas, precisava alinhar os óculos, que incomodavam uma de minhas orelhas.
Ao entrarmos um homem alto e sorridente veio nos atender. Minha mãe lhe avisou de prontidão: somos clientes da loja debaixo, mas estamos mais perto dessa. Como quem avisa que somos antigos clientes do estabelecimento.
O grandalhão aumentou o sorriso, respondendo. "Mesmo se a senhora dissesse que veio do concorrente. Iriamos recebê-los bem. Portanto, antes de mais nada, aceitam uma água ou um café?"
Enquanto levava nossos óculos para um breve reparo refleti a diferença entre lojas. Deveria constar no manual de um lojista a cordialidade como principal elemento. Ao perceber-se querido, o cliente sente-se mais motivado pelo ambiente e, em algum casos, pode ser o diferencial para transformar o clássico estou apenas olhando para um vou levar este.
Quem usa óculos sabe que a sensação de sentir-se torto é contínua. É um objeto frágil e para que a armação fique perfeita é necessário um delicado ajuste. De tempos e tempos, levo meus óculos, um de sol e um normal, para arrumar.
A ótica de minha infância está há vinte anos no mercado e possui uma segunda do outro lado da cidade. Foi a primeira vez que a visitei já que minha mãe e eu estávamos mais perto desta e, há algumas semanas, precisava alinhar os óculos, que incomodavam uma de minhas orelhas.
Ao entrarmos um homem alto e sorridente veio nos atender. Minha mãe lhe avisou de prontidão: somos clientes da loja debaixo, mas estamos mais perto dessa. Como quem avisa que somos antigos clientes do estabelecimento.
O grandalhão aumentou o sorriso, respondendo. "Mesmo se a senhora dissesse que veio do concorrente. Iriamos recebê-los bem. Portanto, antes de mais nada, aceitam uma água ou um café?"
Enquanto levava nossos óculos para um breve reparo refleti a diferença entre lojas. Deveria constar no manual de um lojista a cordialidade como principal elemento. Ao perceber-se querido, o cliente sente-se mais motivado pelo ambiente e, em algum casos, pode ser o diferencial para transformar o clássico estou apenas olhando para um vou levar este.
Recordo-me também de uma vez que atendi uma ligação da operadora Claro a procura de novos clientes. A vendedora que me atendeu utilizava seus argumentos com tanta precisão, aliadas a um carisma em dialogar comigo, que fiquei em dúvida e quase mudei meu plano. Mentalmente minha consciência sabia que era uma furada mas surpreendeu-me a eficiência daquela atendente. Embora não tenha aceito o pedido, elogiei-a dizendo que seu trabalho de convencer um cliente era extramente funcional. Ainda que tinha falhado no meu caso.
Ainda hoje, empresas e lojas comerciais falham no contato direto com seu consumidor. Pela percepção obtusa ao não compreenderem que antes de empurrar um produto em uma promoção imperdível, é necessário conquistar o cliente. Fazer com que o vendedor esteja disposto a ajuda-lo a comprar o produto conforme suas exigências ou necessidades e não pelo mais caro que gera maior comissão.
Ao sairmos de uma loja que nos presta bom atendimento, é nítida a felicidade instantânea. Um atendimento que, naquele ídilico cenário de um mundo ideal, deveria ser padrão.
Então, há vinte anos vou na ótica para novos óculos ou pequenos reparos. Sabendo que além do costume bobo de ir no lugar que desde sempre conheço, o cordialismo e profissionalismo da empresa sempre é conquistador. São para eles que encaminho qualquer um que precise de novos óculos. Recomendando para nunca deixarem de aceitar a xícara de café.