Tenho uma paixão nada discreta por prólogos. Sempre encantou-me começar uma história pelas palavras do próprio autor, sem nenhuma máscara ou personagem. Há escritores que transformaram as letras iniciais de seus livros em textos incríveis que, de tão poderosos, ganharam personalidade própria.
Sempre que posso, utilizo os prólogos como a primeira luz de um caminho, seja esse um novo caderno de rascunhos, um blog, o que for. Como uma oração avisando o leitor que, a partir do fim deste texto, as palavras como uma escritura se farão presentes.
Sempre que posso, utilizo os prólogos como a primeira luz de um caminho, seja esse um novo caderno de rascunhos, um blog, o que for. Como uma oração avisando o leitor que, a partir do fim deste texto, as palavras como uma escritura se farão presentes.
Não há motivo para este espaço se
não a vaidade. Tenho preferencia a palavra escrita do que a falada. Ainda não
me adaptei-me ao formato de um podcast ou de um vlog. Gosto da competência
escrita pela clareza, pela capacidade de deixa-la no melhor formato possível
até chegar ao leitor.
Escrever, o que quer que seja, é
o que tenho feito nos últimos dez anos. Entre as críticas culturais e as
ficções que faço, um espaço indefinido permanece dividido entre pequenas
observações cotidianas e outras considerações que surgem durante minhas
reflexões compondo textos. As primeiras são fracas demais para um argumento, as
outras fogem de meus temas habituais.
A falta de conforto em dividir
essas opiniões em uma rede social e o medo de que elas se percam no emaranhado
de atualizações, deu-me a ideia de criar um novo espaço para a escrita. O único
rigor a ser mantido é a boa prosa. A temática se dividirá em assuntos diversos
que, por exercício, desejo explorar. Apenas para manter as idéias fluíndo sem
parar.
Mesmo que o formato do diário seja
evitado, o recheio das histórias vem de minha experiências cotidianas. Um
estranho que assistiu um filme comigo no cinema, um lugar interessante que vale
a pena ser mencionado e outros detalhes que para muitos parece insignificante.
Escolher mais uma pessoa para
participar desse espaço e está pessoa ser, não por acaso, minha namorada, é
puro despotismo. Como escolhi dividir muito de minhas experiências com ela,
nada mais sensato que convidá-la também para expor o outro lado das mesmas
experiências ou apresentar outras. Uma maneira múltipla de criar uma teia
orgânica do jogo de contar histórias.
Karina não é escritora, mas tem a
mesma formação em Letras que tenho. Sua habilidade com as palavras é repleta de
uma ironia de alguém que escolheu ver a vida pela janela lateral do quarto de
dormir. E qualquer outra palavra que eu diga a respeito será contemplação de um
homem apaixonado. Espero que os textos dela falem por si.
Poderíamos apresentar esse mesmo
conteúdo em uma rede social mas, como disse, a vaidade deixa esse espaço mais
necessário, mais preciso. Mesmo que isso afugente leitores por não estar em sua
linha do tempo.
A intenção é compartilhar estas palavras. Mas não sofreremos se falharmos nesse intento. Seremos nossos próprios leitores. Deixando em marcas escritas muitas histórias que estariam somente na memória.
O nome deste blog faz referência
a uma piada que criei há cinco anos atrás, no final de um vídeo de humor do
grupo Quatro Patacas fundado ao lado de três queridos amigos. Ao me perguntarem a quem agradeceria nos créditos da montagem, pedi que mencionassem
os golfinhos do Himalaia. O nome bobo não remete a nada, se fecha em si mesmo
pela impossibilidade. Achei por bem retomá-lo pelo potêncial meio patético meio cômico.
Sejam bem vindos aqueles que
desejar. Daqui escreveremos com prazer sem perder a diversão.
Excelsior,
Thiago Augusto Corrêa